domingo, 11 de março de 2012

Naquele corredor

Do lado de fora uma frase que não sai do meu pensamento:

"Não se ver nada, não se escuta nada e, no entanto o silêncio alguma coisa irradia".

É uma frase de Saint-Exupéry, autor da obra "O Pequeno Príncipe", da qual gosto muito. Ao lado uma grande imagem dos dois pobrezinhos de Assis.
Fui ansiosa, com passos apressados e com o coração acelerado, mas tão logo entrei naquele corredor e tudo silenciou em mim. 
A ansiedade deu lugar a paz, a calmaria, ao silêncio. E era tudo tão lindo, tão simples, tão singelo.
Já havia estado ali outra vez, mas desta vez foi diferente, eu estava decidida...
Com passos firmes fui andando por aquele corredor e a cada passo vi crescer uma força e uma coragem que não eram minha, não poderiam ser minha, mas emanava da minha alma, ou melhor, daquele que habita nela.
Eu precisava dá passos e esse era o dia. Naquele corredor os passos eram de alguém que sabia que tinha finalmente encontrado a sua casa.
Me encontro em cada canto daquele lugar tão simples, contrastando com toda a minha vida agitada e vaidosa.
Me encontro naquele corredor de pedras rústicas que quebram todo o meu orgulho e arrogância.
Me encontro naquele olhar que me acolheu com tamanha singeleza, olhar de quem decidiu viver pelo amado e é feliz nessa prisão.
Me encontro naqueles lábios que beijou minhas mãos como se eu merecesse tamanha honra.
Me encontro naqueles rostos que esbouçam sorrisos de uma alma feliz.
E naquela solidão daquele corredor e daquelas grades encontro a companhia do Meu Amado.

Naquele corredor vivi o momento mais lindo da minha vida! Obrigado Meu Amado!

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