Vivo sem viver em mim!

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Hoje percebo que o mais importante em minha vida não são coisas que tenho, ou as minhas conquistas, ou a minha família, ou amigos e nem tão pouco a minha faculdade ou os meus planos. Percebi que o que há de mais importante em mim é aquele que é cativo de minha alma, aquele que se fez prisioneiro em meu coração, aquele que se deixa em encontrar na simplicidade de um pão apenas para está mais perto de mim, aquele que preferiu a Cruz ao me ver ser condenada por minhas inumeras fraquezas, aquele que não sai da minha cabeça nem do meu coração e que me seduziu para sempre…
É o meu amado… Hoje o meu coração é dEle e Ele quis lá habitar para está para sempre comigo… O chamo de Amor da minha Vida, ou de Doce Amado, Paizinho, Rei, Senhor, Doce Hóspede de minha alma, Meu tudo, Meu tesouro, Minha herança, Minha razão de viver…
O seu nome de verdade?? Jesus!! Doce Jesus!! Amado Jesus!! Adorado Jesus!!
Vivo hoje na esperança de um dia está face a face com Ele, é o meu maior sonho, meu maior desejo, poder vê-lo e adorá-lo para toda eternidade!
Vivo sem viver em mim porque o meu coração já não é meu, ele foi habitado por esse Divino Hóspede que o tomou para si e agora vivo na liberdade de seu coração transpassado pela dor e pelo amor!
Vivo sabendo que meu coração não é deste mundo e que a minha alma não deseja outra coisa a não ser está com meu amado…
Vivo sabendo que Deus não me fez para este mundo mas para habitar em sua santa morada, e a cada dia luto para um dia lá está.
As fraquezas da minha alma as vezes tentam me afastar do meu amado mas Ele está em mim e segura pela mão e não me deixa ir tão longe porque me quer para sempre!!
Sou tua meu Senhor e Deus… És meu…

“Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir”. (Jer. 20, 7).

Esta canção da Madre Kelly Patrícia baseada no poema de Santa Teresa D’Avila retrata bem o estado de minha alma hoje!

Vivo sem viver em mim

Vivo já fora de mim, desde que morro de amor;
Porque vivo no Senhor, que me escolheu para si;
Quando o coração lhe dei, com terno amor lhe gravei:
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim,

E tão alta vida espero,
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim.

Esta divina prisão, do amor em que eu vivo,
Fez a Deus ser meu cativo, e livre meu coração;
E causa em mim tal paixão ser eu de Deus a prisão,
Que morro porque não morro,
Vivo sem viver em mim

Ai que longa é esta vida! Que duros estes desterros!
Este cárcere, estes ferros onde a alma está metida!
Só de esperar a saída me causa dor tão sentida,
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim

Vida, que possa eu dar a meu Deus que vive em mim,
Se não é perder-me enfim, para melhor o gozar?
Morrendo, posso alcançar, pois nele está meu socorro,
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim